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Exportações da China crescem no ritmo mais fraco em agosto em meio à guerra tarifária com os EUA

China exibe poder em desfile militar com aliados e mísseis nucleares O crescimento das exportações da China desacelerou em agosto para o menor nível em seis...

Exportações da China crescem no ritmo mais fraco em agosto em meio à guerra tarifária com os EUA
Exportações da China crescem no ritmo mais fraco em agosto em meio à guerra tarifária com os EUA (Foto: Reprodução)

China exibe poder em desfile militar com aliados e mísseis nucleares O crescimento das exportações da China desacelerou em agosto para o menor nível em seis meses. A breve trégua tarifária com os Estados Unidos perdeu fôlego, mas a demanda de outros mercados trouxe algum alívio ao governo, que busca sustentar a economia diante do baixo consumo interno e de riscos externos. Em agosto, as exportações chinesas avançaram 4,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados alfandegários divulgados nesta segunda-feira (8). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O resultado ficou abaixo da previsão de 5% apontada em pesquisa da Reuters. Em julho, as exportações haviam crescido 7,2%, superando as expectativas do mercado. As importações aumentaram 1,3% em agosto, após alta de 4,1% em julho. A expectativa dos economistas era de crescimento de 3%. O governo do presidente Xi Jinping espera que os fabricantes chineses diversifiquem seus destinos de exportação diante do tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A estratégia tem como objetivo ajudar Pequim a alcançar a meta de crescimento anual de 5% sem recorrer a novos estímulos fiscais de curto prazo. A desaceleração das exportações em agosto foi influenciada pelo desempenho elevado no mesmo mês do ano passado, quando muitos fabricantes anteciparam envios para evitar novas tarifas impostas por diferentes parceiros comerciais. No mesmo período, as exportações da China para os EUA caíram 33,1% em relação a agosto de 2023, enquanto os embarques para países do Sudeste Asiático avançaram 22,5%. Para reduzir o impacto das tarifas impostas por Trump, os produtores chineses têm buscado ampliar vendas para mercados da Ásia, África e América Latina. Ainda assim, nenhum desses mercados se compara ao dos EUA, que importam mais de US$ 400 bilhões em produtos chineses por ano. Relembre a guerra tarifária entre China e EUA A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril. A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente. Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas. Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%. A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para "revidar até o fim". Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses. A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA. No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma "pausa" no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção. O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%. Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019. REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo